Confira
nos próximos dias, o bate papo da SESUNIPAMPA com alguns docentes da UNIPAMPA
de diferentes campus sobre a volta às aulas e o ensino remoto.
Se você ainda não leu a matéria completa da SESUNIPAMPA sobre “Volta às aulas na UNIPAMPA: ensino remoto foi aprovado no CONSUNI e trás incertezas para comunidade acadêmica” acessa o link: https://sesunipampa.blogspot.com/2020/08/volta-as-aulas-na-unipampa-ensino.html?fbclid=IwAR2dZPFDc0Pd32AN3PZSiG7_i5WY58dSEFDpe27E-7D9mAgjxfOpmQGTPZE
Do campus de Itaqui, conversamos com o professor Vinicius Piccin Dalbianco, que é Agrônomo e possui mestrado e doutorado em Extensão Rural pela UFSM. Desempenha extensão e pesquisa relacionadas à Sociologia Rural, Sociologia da Alimentação, Educação do Campo e Desenvolvimento do Rural.
A SESUNIPAMPA também conversou com o conselheiro do CONSUNI Altair Bunde, professor da UNIPAMPA campus Santana do Livramento. Altacir possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel); Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goias (UFG), campus de Catalão; doutorado em Geografia pelo Instituto de Estudos Socioambientais (IESA), da Universidade Federal de Goias (UFG); professor de Economia Brasileira do curso de Ciências Econômicas e de Relações Internacionais, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus de Santana do Livramento (RS); Líder do Grupo de Estudo Interdisciplinar em Sociedade, Ambiente e Território - GEISAT.
Também conversamos com o conselheiro Rubem Ávila Jr, professor do campus São Gabriel e responsável pelo pedido de vistas do processo de volta às aulas, que permitiu evoluir o debate na base da categoria.
O conselheiro Jefferson Rocha, também do Campus São Gabriel, conversou com a seção sindical do ANDES-SN e contribuiu para a reflexão sobre o retorno, o ensino remoto e como podemos entender o andamento do processo até a aprovação de um novo calendário acadêmico.
Confira
a 1ª pergunta:
SESUNIPAMPA: As
aulas por ensino remoto vão iniciar na UNIPAMPA em 08 de setembro após serem
aprovadas no CONSUNI, depois de 03 datas e diretrizes operacionais
anteriormente operacionais divulgadas pela reitoria. Uma das principais
críticas ao processo foi de seu aligeiramento sem dialogo efetivo com a
comunidade acadêmica. Por que foi dessa forma com tantas idas e vindas?
Vinicius: “Na minha compreensão a Universidade Pública deve ser organizada a partir da base, com referências calcadas na democracia direta, com participação ativa dos discentes, TAEs e docentes. No momento que as discussões e encaminhamentos são realizados no âmbito das direções ou grupos de representatividade, ocorre um sentimento (que se concretiza na prática) de não participação dos demais.
Na maioria dos casos é justificado esta prática por conta dos prazos curtos. Soubemos que uma discussão pela base é um pouco mais demorada e exige habilidade, coerência, dedicação e interesse de quem coordena o processo.
No entanto, no caso das discussões sobre a volta as aulas, tivemos bastante tempo. Tempo suficiente para que o processo pudesse ter iniciado pelas categorias e/ou cursos, indo percorrendo um fluxo normal pelas comissões, nos campus, nas Pró-reitorias, até chegar ao CONSUNI. Como foi diferente, tivemos tantas idas e vindas, o que inclusive justifica em partes o pedido de vistas do processo”.
Altacir: “Acredito que as idas e vindas do processo se deu devido a um equívoco metodológico na construção da proposta das AEREs. Na minha opinião a proposta de discussão e elaboração de um Calendário Acadêmico e da Proposta de Diretrizes Operacionais deveria, inicialmente, ter começado pela instancia máxima da Unipampa, o Conselho Universitário.
Mas, como foi criado um Grupo de Trabalho denominado GT-Novos Tempos para a construção da proposta de Calendário, todo o trabalho construído, com muito esforço pelos participantes, foi praticamente em vão, especialmente porque a proposta foi rejeitada pela maioria dos membros do Conselho Universitário e teve que ser, praticamente, reconstruída pelos membros do Consuni na reunião dos dias 13 e 14 de agosto de 2020”.
Rubem: “Qualquer processo de planejamento de ações efetivas na educação, seja no nível em que for, precisa de uma profunda discussão técnica envolvendo os diferentes atores envolvidos.
Embora um grupo de trabalho tenha sido criado pela reitoria para a proposição do ensino remoto, a discussão foi bastante superficial e não ouviu as instâncias da base da universidade, que são as comissões de curso e os próprios discente. Processos não democráticos são bastante susceptíveis as falhas que foram deflagradas na última reunião do conselho universitário. Quando são submetidos a visão ampla de um coletivo, as inúmeras lacunas ficaram claras."
Jefferson: “Primeiro é bom destacar que as atividades remotas, propostas por algumas IFS, se constituem em mais um processo de exclusão social da maioria dos estudantes, especialmente, para os mais pobres.
Dito isto, na Unipampa demorou-se muito tempo para se começar a discutir esta possibilidade, e quando se começou a reitoria já estava com uma proposta pronta. A partir do um grupo constituído, denominado Novos tempos no Ensino Superior (um nome pomposo, mas sem base teórica nenhuma) que tinha pouca legitimidade, pois não sabemos quais foram os critérios para se constituir este grupo. A reitoria baseada no trabalho deste grupo apresentou aos cursos a proposta da AERES (Atividades de Ensino Remoto Emergenciais), que não tiveram tempo, nem informações sobre o que significava a AERES.
Assim, aligeirada, a proposta chegou ao Conselho Universitário (CONSUNI) com poucas discussões e clareza, certamente por isto tivemos 3 reuniões extraordinárias para debater a proposta, que certamente ainda não abrangerá à todas/os nossos/as estudantes”
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