terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

NOTA DA DIRETORIA DA SESUNIPAMPA EM APOIO E SOLIDARIEDADE À COMPANHEIRA LETICIA DE FARIA FERREIRA

Nós da Diretoria da SESUNIPAMPA vimos a público, mais uma vez, manifestar toda nossa solidariedade à docente Leticia de Faria Ferreira, nossa companheira de diretoria e colega do Campus Jaguarão. O motivo é o acolhimento, pela Administração da universidade, de parecer que sugere sua demissão. Esta grande injustiça é decorrente de uma denúncia, feita pela docente, de irregularidades em um concurso público da UNIPAMPA, realizado em 2015. Abaixo, recuperamos brevemente o histórico do caso, relatado em nota anterior (clique aqui para ler a nota).

A Profª. Leticia participou, como membro da banca, de um processo de seleção docente na instituição, realizado no mês de julho de 2015 (Edital nº 119/2015, no Campus São Borja). Ao observar irregularidades, recomendou averiguações aos órgãos competentes de nossa universidade (direção do Campus São Borja, coordenação do Curso de Ciências Humanas, Comissão de Ética e Ouvidoria da UNIPAMPA).

Denúncias de irregularidades também foram feitas por candidatos que concorreram neste mesmo concurso (clique aqui para acompanhar o processo), o qual é objeto de processos judiciais e administrativos que tramitam na Justiça Federal, no Ministério Público Federal e na Comissão de Ética da UNIPAMPA. Em que pese isto, a administração da Unipampa  homologou o concurso (clique para baixar) e nomeou o candidato (ver p. 204), desconsiderando a instância interna responsável pela apuração dos eventos do referido concurso, ou seja, a Comissão de Ética, que ainda não terminara sua apuração.

A Justiça Federal suspendeu a nomeação, momento a partir do qual a docente passou a responder diversas intimações advindas da Administração. Cumpre destacar que esta desconsiderou o trabalho e a decisão da Comissão de Ética, que deferiu a denúncia realizada pela nossa colega e posteriormente concluiu pela anulação do concurso. A Prof.ª Leticia, a despeito de sua defesa, e ainda, contando com expressivo apoio da comunidade acadêmica do país, recebeu, no dia 31 de janeiro do corrente ano, comunicação do acolhimento do parecer que propõe sua demissão.

Reiteramos que nós da Direção da SESUNIPAMPA nos posicionamos veemente contra a confirmação da demissão da companheira e colega Leticia. Caso seja consolidada, esta atitude expressa um evidente cerceamento de seu direito de exercer devidamente seu trabalho. Além disso, consideramos extremamente preocupante o fato de que uma docente seja constrangida através de um processo administrativo, em função de denunciar irregularidades observadas por ela no concurso, cumprindo suas obrigações enquanto servidora pública. Uma vez mantido o acolhimento do parecer que propõe a sua demissão, toda a comunidade universitária será atingida, pois assim a UNIPAMPA ficará indelevelmente marcada como uma instituição que coaduna com atitudes incompatíveis com o bom desempenho do serviço público. Mais do que essa mancha na reputação da universidade, serão abertos perigosos precedentes, enviando-se um recado, à comunidade interna e externa à universidade, de que a UNIPAMPA persegue e busca silenciar servidores/as que não se calam diante da percepção do cometimento de irregularidades no âmbito institucional.

Reafirmamos a idoneidade e o profissionalismo da colega Leticia no exercício de suas funções como docente e servidora pública, bem como a confiança em sua atuação à frente da SESUNIPAMPA, como colega e diretora sindical, participando ativamente das lutas da categoria.

É importante ressaltar que ainda está ao alcance da Reitoria reverter essa situação de injustiça, rejeitando o parecer que propõe a demissão da Prof.ª Letícia. Por isso, enquanto diretoria desta seção, temos primado pelo diálogo institucional, compreendendo que ainda há espaço para a razoabilidade por parte da gestão. Salientamos que no próximo dia 07 de março, temos agendada uma audiência com o Reitor, na qual será tratado este e outros assuntos de interesse da categoria docente.

Convocamos todos/as docentes, técnicos/as administrativos/as, discentes e trabalhadores/as terceirizados/as da UNIPAMPA, bem como todos/as colegas de outras universidades e instituições, e a qualquer um/a que compactue com o sentimento de injustiça que sofre a Prof.ª Leticia, a demonstrar publicamente o apoio a nossa companheira, compartilhando esta nota e denunciando a situação.

Não silenciaremos diante desta e de quaisquer outras investidas contra nossa companheira ou quaisquer outros/as docentes que possam ser alvos de injustiças similares.

Todo apoio à docente Leticia de Faria Ferreira! Pelo rechaço do parecer que propõe sua demissão!
 
Diretoria da SESUNIPAMPA


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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN SOBRE A INTERVENÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN SOBRE A INTERVENÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO

A diretoria do ANDES-SN condena veementemente, e conclama a todo(a)s a lutar contra a intervenção militar decretada pelo ilegítimo governo Temer no estado do Rio de Janeiro, a partir de negociações com o governador Pezão. Com mais essa medida autoritária, que se junta a outras tantas já realizadas, o governo federal transita por um caminho perigoso que aponta na direção da criminalização e da militarização da sociedade, dos movimentos sociais populares e da população pobre e negra.

O estado do Rio de Janeiro se confirma como um laboratório avançado das políticas neoliberais de corte dos investimentos sociais, atingindo particularmente os serviços sociais e especialmente a educação e a saúde. Isto se materializa nos altos índices de desemprego e miséria causados pela falta de investimentos, pela privatização de empresas e serviços públicos, pela paralisia dos serviços básicos para a população que mais precisa, e pela vergonhosa situação de atraso dos salários do(a)s servidore(a)s público(a)s.

Com a militarização federal, os governos e as elites insistem num caminho já trilhado e fracassado de enfrentamento da questão social por meio da repressão. A violência social que enfrenta cotidianamente a população do estado do Rio de Janeiro e do Brasil, com destaque para a já instaurada militarização das favelas cariocas, produto do histórico descaso dos governos e dos grupos econômicos dominantes com as camadas pobres da população e a equivocada política de "combate às drogas", tem-se agravado pela severa crise econômica, social e moral que a sociedade brasileira enfrenta com o fracasso das políticas neoliberais e dos governos de conciliação de classe.

Em particular no estado do Rio de Janeiro, esta situação fica muito visível pela sua projeção nacional e internacional, e expressa o fiasco das obras de maquiagem realizadas por ocasião da Copa das Confederações (2013), da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016), que tiveram forte resistência da população, expressa, particularmente, nos grandes protestos de junho de 2013. Obras superfaturadas que não trouxeram quase nenhum benefício para o(a)s habitantes do estado do Rio de Janeiro, mas que engrossaram as fortunas de integrantes dos governos e das grandes empreiteiras envolvidas em escandalosos casos de corrupção, como evidenciado no caso do anterior governador, secretários estaduais e da atual cúpula da Alerj.

Fracasso também da política de segurança pública das UPP, apresentadas como uma solução inovadora de controle do território por parte do estado, amplamente publicizada e comemorada pela grande mídia, porém, condenada pelos movimentos sociais que lutam pela reforma urbana popular, como defende o ANDES-SN. Esse projeto, que não resistiu à prova da história, desmoronou, impulsionando o estado a novas investidas militarizadas. As UPP deixaram uma profunda marca de violência policial nas comunidades onde foram instaladas e de criminalização da vida cotidiana e da cultura do(a)s trabalhadore(a)s que nelas moram. Ficou demonstrado mais uma vez, que são as políticas de investimento, emprego, renda, moradia popular, serviços públicos de qualidade, entre outras, as que podem amenizar a situação de miséria e violência, na contramão das políticas praticadas nestas últimas décadas.

Nem o governo federal, nem os estaduais, nem as câmaras legislativas e nem as cortes judiciais, comprometidos com essa quadrilha que ocupa a máquina estatal, vão enganar o povo com tais medidas, feitas de olho no calendário eleitoral, desviando a atenção dos graves e profundos problemas que afetam o(a)s trabalhadore(a)s. Em particular, a pauta da contrarreforma da previdência que paira como mais uma ameaça para a vida e sobrevivência da população mais pobre.

Continuaremos a lutar pela revogação da EC 95, que estabelece o teto para os investimentos sociais, contra as terceirizações e pejotização do emprego, a contrarreforma trabalhista, e pelo enfrentamento, neste e no governo que vier, da contrarreforma previdenciária. Construiremos um grau ainda superior de unidade entre o(a)s trabalhadore(a)s, na luta contra a criminalização e militarização das políticas de enfrentamento da questão social, e para avançar na reorganização das lutas da classe trabalhadora, com mobilizações, paralisações, ocupações e greves, na construção de um projeto de nação e sociedade inclusivo, democrático e classista.

Fora Temer! Fora Pezão! Nenhum direito a menos!

Brasília, 19 de fevereiro de 2018
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional


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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Sesunipampa orienta categoria a participar do Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações neste 19 de fevereiro



A Diretoria da Sesunipampa orienta a categoria participar do Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações nesta segunda feira 19 de fevereiro. Recomendamos aos docentes que intensifiquem a luta contra a Reforma da Previdência, integrando atividades e mobilizações a serem realizadas nas suas respectivas localidades, sempre que possível, de forma unificada com as demais categorias de trabalhadores/as, em especial de servidores/as públicos/as.
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Diretoria da SESUNIPAMPA



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