quarta-feira, 6 de abril de 2016

NOTA PÚBLICA DA DIRETORIA DA SESUNIPAMPA



NOTA PÚBLICA DA DIRETORIA DA SESUNIPAMPA

A direção da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Pampa – SESUNIPAMPA – vem a público posicionar-se veementemente contra a política de desmonte da educação pública federal imposta pelo governo, e que, nas últimas semanas, tem afetado ainda mais o cotidiano da nossa universidade.
Em 2015 o Ministério da Educação sofreu cortes orçamentários que passaram dos 11 bilhões de reais, estes foram destinados para o pagamento dos juros e da amortização da dívida pública, priorizando o sistema financeiro.
Neste cenário, a UNIPAMPA sofreu cortes drásticos em relação ao orçamento do ano passado, o que já causava imensos transtornos ao funcionamento da universidade. A reitoria, no final do mês, apresentou uma planilha com sugestões de cortes, que abarcavam os diversos custos de funcionamento da universidade, mas, principalmente, reduziam 20% dos contratos dos serviços terceirizados.
A proposta de corte, principalmente relativa aos contratos de trabalho destes companheiros e companheiras, se mostra extremamente prejudicial não apenas a esta categoria de trabalho e a suas famílias, mas também inviabiliza serviços importantes do cotidiano da UNIPAMPA.
Esta política é especialmente perversa, pois, a partir da lógica do “cobertor curto”, mais uma vez repassa à comunidade universitária a responsabilidade de gerir uma estrutura precarizada.  A solução imediata encontrada é sempre a mesma: penalizar os trabalhadores e trabalhadoras em educação.
Não bastassem estes cortes, no último dia 30 de março o governo cortou mais 4,2 bilhões de reais da educação, o que impactou ainda mais o orçamento da UNIPAMPA. Novas planilhas de sugestões de corte foram apresentadas no dia 05 de abril, e objetivamente tornam o funcionamento da universidade inviável. Portanto, nós da SESUNIPAMPA nos posicionamos contrariamente a que os trabalhadores e trabalhadoras paguem com seus empregos esta conta. Além de repudiarmos o corte dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas, exigimos que a reitoria posicione-se publicamente contra os cortes orçamentários e que cobre a mesma posição dentro da ANDIFES.
Assumir a gestão destas “migalhas orçamentárias”, que inviabiliza o funcionamento da universidade, é compactuar com a precarização do ensino público.
É importante que intensifiquemos em todos os campi a mobilização contra os cortes estabelecidos pelo governo federal. E nos mobilizemos também contra o PL257/2016, a ser votado em caráter de urgência até o dia 6 de maio, que dentre outras coisas, prevê o congelamento de salários e o desligamento voluntário de servidores. A educação pública vem sendo descaradamente atacada.



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