Assembleia docente reafirma apoio a docentes alvos de perseguição e debate mobilização em torno do orçamento da universidade
Em assembleia realizada no final da tarde de hoje, docentes dos campi Bagé, Jaguarão, São Borja e São Gabriel reafirmaram apoio às docentes alvos de perseguição na Unipampa e debateram o orçamento da universidade e ações de mobilização em torno desta pauta.
A assembleia teve início às 17:40. No ponto de informes, além de relatos de mobilização de cada campus construída no início deste semestre, o presidente Jefferson Rocha anunciou que em breve serão convocadas as eleições da diretoria ao biênio 2018-2020, por meio de edital.
Na discussão do caso da professora Lucia Corrêa, houve o relato por parte de colegas de Bagé a respeito de toda situação enfrentada pela docente, desde sua participação em banca de concurso, até o processo disciplinar aberto contra ela que culmina com o acolhimento do parecer de sua demissão pela reitoria. Foi destacado o apoio que a professora tem recebido da comunidade universitária. Depois de outros questionamentos no que tange ao apoio dado pela Sesunipampa à docente perseguida, diretores da seção retomaram todas as ações empreendidas no âmbito jurídico em defesa da categoria, esclarecendo também que o apoio sindical e jurídico da seção está sempre disponível aos docentes, em qualquer situação, desde que seja formalmente solicitado. Igualmente, reforçou-se que os processos sofridos pelas professoras Lucia Corrêa e Leticia Ferreira situam-se num contexto mais amplo de perseguição aos docentes, enfrentado dentro e fora da universidade.
Em relação ao ponto de conjuntura e orçamento, os/as presentes relataram como a insuficiência do orçamento da universidade tem afetado as realidades de cada campus, com obras de infraestrutura paralisadas, problemas de logística de transporte para a execução de projetos, deficiência na assistência estudantil e aumento no valor das refeições das Cantinas Universitárias. Foi consensual a avaliação de que a reitoria da instituição é omissa por não denunciar publicamente os cortes como consequência da EC95 e por deixar de repassar à comunidade universitária mais ampla informações precisas a respeito dos cortes e contingenciamentos. No mesmo sentido, apontou-se a necessidade de se construir mobilização, do modo mais unitário possível entre os campi e em conjunto com técnicos/as e discentes.
Como encaminhamentos, consensualmente deliberou-se por: a) reafirmar o apoio às docentes Leticia Ferreira e Lucia Correa; b) solicitar no âmbito do CONSUNI, através de conselheiros próximos à Sesunipampa, informações a respeito da existência de comissões responsáveis por elaborarem pareceres a respeito dos processos de demissão das professoras, formadas à revelia de reuniões formais desta instância; c) construir dia de paralisação na universidade, em conjunto com as demais categorias da universidade; d) pautar na próxima assembleia docente o debate a respeito da expansão da modalidade EaD, especialmente no que tange à Universidade Aberta do Brasil (UAB).
A assembleia foi encerrada às 19:00.
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