sábado, 27 de outubro de 2018

CARTA ABERTA À SOCIEDADE E À COMUNIDADE ACADÊMICA EM DEFESA DAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS E DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO SUPERIOR

  Nós, do ANDES-SN, da FASUBRA, do SINASEFE, da UNE, da FENET e da ANPG, vimos a público denunciar os ataques orquestrados contra a Universidade Pública Brasileira, através de inúmeras ações arbitrárias da Justiça Eleitoral, que em alguns casos esteve acompanhado pela Polícia Militar ou Federal. Desde o fim do segundo turno das eleições gerais no Brasil, a violência, o ódio e as ações de perseguição contra LGBTTI, mulheres, jovens, negros/as tem se intensificado, assim como os ataques à liberdade de expressão nas Universidades Públicas. Foram inúmeros os casos de agressões e violências, como agressões físicas, verbais e através de ameaças explícitas marcadas em paredes das Universidades Públicas. Além de um conjunto de Fake News que visam desmoralizar as instituições públicas e o funcionalismo público. As entidades que assinam essa carta aberta reafirmam seu compromisso intransigente com as liberdades democráticas, em defesa das instituições públicas de ensino superior e da organização autônoma dos/as trabalhadores/as dessas instituições. Nossas instituições, ao longo de todo o seu histórico, defenderam as bandeiras da democracia, das liberdades, da defesa dos direitos dos grupos marginalizados, da liberdade de expressão e da autonomia das instituições públicas de ensino. Sempre nos colocamos contra o autoritarismo, a ditadura e o fascismo. Nesse momento histórico do Brasil, em que o país está polarizado entre projetos políticos distintos, reafirmamos nossas posições históricas. Por isso mesmo, estamos sendo perseguidos. Sabemos o que querem aqueles que nos atacam. Buscam desmoralizar a educação pública, como já vem fazendo desde 2016, ao perseguirem universidades, reitores/as, professores/as, técnico-administrativos e estudantes. Não vão nos calar! Não vamos recuar! Continuaremos nas ruas em defesa das políticas públicas, das universidades e das liberdades democráticas! Se a Justiça Eleitoral, como expressa a decisão tomada no Rio de Janeiro, considera que faixas com a expressão "antifascistas" atacam ao candidato Jair Bolsonaro é porque a justiça eleitoral reconhece o caráter fascista das ações e propostas de tal candidato. Neste caso não deveria a justiça tomar medidas contra o fascismo? Por que em um Estado Democrático de Direito, como estabelece a Constituição Federal de 1988, perseguir os que se colocam contra o fascismo? Por que panfletos, debates e palestras que discutem a democracia, as eleições e o que é o fascismo estão sendo considerados como propaganda eleitoral pela Justiça Eleitoral em todo o Brasil? Reconhecemos o caráter classista e seletivo da justiça brasileira e nos indigna a posição em defesa do fascismo. Nas ruas e nas lutas nossas entidades foram construídas e aí continuaremos. Nossas lutas não se encerram no dia 28 de outubro com o segundo turno. Ao contrário, após derrotar nas urnas o projeto contrário à educação pública e às liberdades democráticas vai permanecer o desafio de defender nas ruas a Universidade Pública e a democracia.
 Se fere nossa existência, seremos resistência!
 Não ao Fascismo!
 Em Defesa das Universidades Públicas! 
Em Defesa das Liberdades Democráticas!   

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Diretoria da SESUNIPAMPA


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

NOTA POLÍTICA DO ANDES-SN SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2018






  NOTA POLÍTICA DO ANDES-SN SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2018 A escalada da violência e a intolerância política tem sido uma tônica na atual conjuntura, com proliferação de fake news e ataques violentos organizados por grupos ligados à extrema-direita. Como denunciado em nota da diretoria nacional, Não toleraremos o ódio e a violência, "o ódio e as práticas fascistas invadem as universidades e colocam em risco a vida de docentes, discentes, de técnico(a)sadministrativo(a)s/universitários e do(a)s trabalhadore(a)s terceirizado(a)s". Inúmeros fatos têm sido denunciados, de ameaças que vão de agressões verbais, físicas e até mesmo casos de morte, inclusive com repercussão internacional como o caso do artista baiano Moa do Katendê, morto por motivações políticas, no dia 6 de outubro. De acordo com levantamento do jornal El País Brasil, já são mais de 50 casos de ações violentas contra quem manifesta posição contrária ao candidato da extrema-direita. Esses casos são tão graves que a OAB e a Defensoria Pública de alguns estados criaram uma plataforma de combate à intolerância política. As violências, física e simbólica, têm se espalhado pelo país, nas fábricas e nas universidades, no campo e nas cidades. Compreendemos que a mão que picha muros de igrejas e paredes de instituições de ensino com símbolos da suástica, imagem ligada diretamente ao nazismo, é a mesma que tem manifestado toda intolerância e preconceito nos muros do país, com mensagens de ódio a gays, lésbicas, transexuais, travestis, negro(a)s, indígenas, nordestino(a)s. As Universidades têm sido um grande alvo, colocando em risco o ambiente de debates democráticos que, em regra, sempre permeou o ambiente universitário. Tais ações visam intimidar o(a)s trabalhadore(a)s, estudantes e movimentos sociais; de um lado, amedrontar quem defende um projeto diferente do fascismo, as liberdades democráticas; por outro lado, fragilizar a resistência aos possíveis ataques ultraliberais, como: (a) aplicação da Emenda Constitucional 95/2016 (congelamento de recursos à saúde, à educação e às políticas sociais por 20 anos); (b) demissão de servidore(a)s público(a)s (que agrava ainda mais os problemas no serviço público); (c) entrega do patrimônio nacional; (d) reforma trabalhista; (e) reforma da previdência; dentro outros ataques. Dessa forma, a materialização de um projeto que visa mais ataques à(o)s trabalhadore(a)s, um controle maior dos corpos e da moral e ataques às liberdades democráticas têm colocado em risco a vida de diverso(a)s militantes e sujeitos sociais. No dia 15 de outubro, um professor do IFAL (Instituto Federal de Alagoas) sofreu uma tentativa de atropelamento por eleitores do candidato da extrema-direita. No dia 16 de outubro, em São Paulo, uma travesti foi morta a facadas por um grupo de cinco homens que gritavam palavras em apologia a esse mesmo candidato. Várias seções sindicais têm sofrido violentos ataques de simpatizantes da extrema-direita por debater os perigos que a democracia corre no atual cenário político. Na UFPR, o poder judiciário tentou impedir a realização de um debate sobre fascismo organizado pelo DCE da respectiva Universidade. A barbárie só pode ser combatida com a máxima unidade, constituindo frentes antifascistas e pautando uma agenda de defesa ampla das liberdades e dos direitos. Por isso tudo, neste segundo turno das eleições gerais do Brasil, não podemos titubear sobre nossa posição histórica contra o fascismo e as opressões. É necessário que possamos nos posicionar contra o projeto de governo que ataca a educação pública, a saúde pública, os direitos do(a)s trabalhadore(a)s e as liberdades democráticas. Nossa negação ao projeto fascista não significa adesão a nenhum outro projeto que ora se apresenta como alternativa nas urnas, mas sim a compreensão de que os projetos eleitorais em disputa representam patamares diferentes da luta de classes e o que nesse momento está em jogo é nossa possibilidade ou não de continuar, nas ruas, lutando pelos direitos do(a)s trabalhadore(a)s. O ANDES-SN reafirma a sua luta histórica contra o projeto fascista e de extrema direita, o projeto ultraliberal e as ações de ódio que estão sendo difundidas pelo Brasil. Este sindicato se integra às frentes antifascistas suprapartidárias, criadas nos estados e nas instituições públicas de ensino superior, e se posiciona contra o voto nulo e em branco no segundo turno das eleições, indicando a participação ativa nos atos e mobilizações em defesa da democracia e contra o fascismo, bem como nas atividades do movimento #EleNão. O ANDES-SN convoca todas as suas seções sindicais a fortalecerem - nas urnas e nas ruas - essas lutas, para assim derrotar o fascismo que tem se expressado na vida cotidiana. Contra as ações e os discursos de ódio! Contra o fascismo! Pelas liberdades democráticas! Por nenhum direito a menos! Não ao capacitismo! Não à misoginia! Não ao racismo! Não à lgbtfobia! Contra qualquer forma de preconceito e intolerância! OUTROS ENCAMINHAMENTOS: - Campanha de cards na imprensa do ANDES-SN contra o fascismo; - Entrevista com pessoas torturadas, historiadore(a)s e outros professore(a)s para fazer matérias e cards com frases de impacto contra o fascismo; - Produção de pequenos vídeos de 1 min contra as tendências fascistas e em defesa da democracia; - Pegar pontos do programa do candidato Bolsonaro que se opõem às deliberações do ANDES-SN e fazer cards contrários (sobre educação, escola sem partido, Paulo Freire, mulheres, lgbtti, questão ambiental, etc.); - Intensificar as ações para o dia 24 de outubro, realizando panfletagens em defesa dos Serviços Públicos, contra a EC/95 e a terceirização e em defesa da aposentadoria pública e pelas liberdades democráticas; - Convocar assembleias comunitárias nas Universidades, CEFET e Institutos Federais para realizar atividades de enfrentamento ao fascismo, construindo comitês e frentes em defesa da democracia e contra o fascismo; - Participação em frentes suprapartidárias, antifascistas e em defesa da democracia nos estados e instituições de ensino; - Construir e participar dos atos das Mulheres convocados para o dia 20 de outubro com o #EleNão; - Reafirmar em nossos materiais a defesa da Educação pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada; contra a retirada de direitos; pela revogação da EC/95 e da terceirização e em defesa da aposentadoria pública e das liberdades democráticas; - Indicar no site do ANDES-SN lista de filmes de referência contra o fascismo; - Pautar nos Conselhos Superiores das instituições de ensino, a solicitação de posição sobre a conjuntura, contra o fascismo e em defesa da democracia; - Ver a viabilidade de construção de um Informandes especial (on line) sobre fascismo e ditadura; - Assinar carta das entidades da educação a ser enviada à(o)s candidato(a)s Fernando Haddad e Manuela D'Ávila explicitando nosso projeto de educação; - Participar no debate com Fernando Haddad e Manuela D'Ávila, no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro no dia 19 de outubro de 2018 para apresentar o projeto de educação do ANDES-SN.  

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Diretoria da SESUNIPAMPA


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Nota da Diretoria da SESUNIPAMPA


NOTA DA DIRETORIA DA SESUNIPAMPA

 

 A Diretoria da Sesunipampa vem a público se manifestar diante do cenário político nacional. Assistimos com consternação à onda de violência política iniciada nos últimos anos, mas que se acirrou nas últimas semanas, em consequência do crescente ódio manifestado por setores da população brasileira, em especial por segmentos fascistas que apoiam um dos candidatos à presidência que disputa o segundo turno. Este candidato tem se notabilizado em tempos recentes por declarações ofensivas, de caráter racista, misógino, lgbttfóbico e xenófobo, e mesmo durante campanha, tem reafirmado posições e opiniões de caráter antidemocrático, reavivando o que há de mais podre e odioso nas tradições autoritárias que persistem no seio da sociedade brasileira.

À Unipampa, em particular, e às universidades públicas, em geral, já extremamente fragilizadas pelos recentes cortes e pela progressiva diminuição de seu orçamento – uma verdadeira política de "desinvestimento" da Educação Pública brasileira – está reservado um futuro de sérias dificuldades nos próximos anos. No caso de vitória do candidato do campo autoritário, esse futuro se concretizará em um cenário profundamente sombrio, em que as frágeis liberdades democráticas que o país ainda conserva, e sobre as quais se sustenta a universidade pública e o trabalho docente, estarão seriamente ameaçadas. O sufoco financeiro pelo qual passamos tem grandes chances de ser potencializado, tornando a universidade num ambiente tomado pelo medo, pela maior intensificação da precarização de nosso trabalho cotidiano e pelo cerceamento à livre manifestação do pensamento, elemento imprescindível para a concretização dos processos de ensino, pesquisa e extensão, atividades que fundamentam a existência da universidade.

Nesse sentido, a Sesunipampa afirma seu compromisso com a democracia, posicionando-se em defesa da universidade pública, gratuita, referenciada socialmente, e veementemente contra o avanço do fascismo, do autoritarismo e do ódio político que têm assolado a sociedade brasileira. Avaliamos, igualmente, que o momento exige uma posição firme também dos dirigentes das instituições públicas de ensino, a exemplo de iniciativas que têm sido tomadas, no último período, por diversos conselhos de universidade (como da UFRGS) e entidades como a ANDIFES. Sendo assim, e dando cumprimento a um dos encaminhamentos deliberados por assembleia docente do dia 17 de outubro, conclamamos à Reitoria da Unipampa e ao seu Conselho Universitário que se manifestem publicamente diante desse cenário, corroborando esses compromissos, em defesa da universidade pública e das liberdades democráticas.


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Diretoria da SESUNIPAMPA


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Relato de assembleia

Relato de assembleia: docentes deliberam por defesa da democracia e da universidade pública diante de cenário político eleitoral

Em assembleia realizada no final da tarde de hoje, docentes dos campi Jaguarão, São Borja e Santana do Livramento debateram a conjuntura política nacional, os riscos à democracia e à universidade pública, bem como ações de mobilização em torno desta pauta.

A assembleia teve início às 17:45. No ponto de informes, houve a lembrança de nossa colega Mara Regina Rodrigues Ribeiro, docente de São Borja e companheira de seção sindical, que faleceu no último domingo. Foi lembrado o seu compromisso com a luta sindical, mesmo nos momentos de fragilidade em relação a sua saúde. Igualmente, informou-se sobre o processo corrente de eleição da nova diretoria da Sesunipampa, cuja eleição ocorrerá nos dias 30 e 31 de outubro próximos.

Em relação ao ponto de avaliação da conjuntura nacional, universidade pública e democracia, os/as presentes externaram suas preocupações diante do contexto nacional, com destaque para a onda de violência política e as chances de eleição de um candidato com nítidas opiniões autoritárias e mesmo de cunho fascista. As avaliações foram consensuais no sentido de que o futuro da universidade pública, do trabalho e do bem-ver docente – já sob ataque na atual conjuntura - está profundamente ameaçado, independentemente do resultado das urnas, mas especialmente a partir de uma possível vitória do candidato situado dentro do campo fascista. Destacou-se a crescente onda de ódio político e perseguições à livre manifestação de pensamento, dirigidas à comunidade acadêmica, especialmente discentes e docentes, e como isso tem se concretizado dentro e fora da Unipampa, no âmbito das cidades que sediam suas unidades. Os/as presentes ressaltaram o pessimismo e sentimento de medo que tem sido observado entre colegas quanto ao futuro imediato de seu trabalho. Por outro lado, destacou-se a necessidade de enfrentar esta dura conjuntura histórica atravessada pelo país com muitas formas de resistência e luta, desde este momento.

Como encaminhamentos, consensualmente deliberou-se:
a) que se reafirmem os valores democráticos historicamente defendidos pelo nosso sindicato ANDES-SN;
b) que a a luta antifascista e em defesa da democracia seja feita somando-se a outras categorias de trabalhadores/as organizadas em espaços de âmbito local já existentes, priorizando as ações diálogo com a população em geral, com vistas a contribuir no processo de politização e desconstrução do ódio;
c) que a Sesunipampa, por meio de sua diretoria, publique uma nota, em que se reivindique à reitoria da Unipampa e ao CONSUNI, posicionamentos públicos contra o avanço do fascismo, em defesa da democracia e da universidade pública, e que estas posições sejam emitidas antes do final do segundo turno das eleições;
d) que a categoria reforce a vigilância e a atenção a ameaças e casos de assédio dirigidos a docentes, técnicos/as, discentes e trabalhadores/as terceirizados/as da Unipampa, dentro ou fora da universidade, e em especial a situações politicamente motivadas, sendo imediatamente dadas ao conhecimento da seção sindical.

A assembleia foi encerrada às 18:45.



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Diretoria da SESUNIPAMPA


terça-feira, 16 de outubro de 2018

CONVITE ASSEMBLEIA GERAL

CONVITE ASSEMBLEIA GERAL

 A diretoria da SESUNIPAMPA convida os/as filiados/as desta Seção Sindical e demais docentes para uma assembleia geral a realizar-se via Videoconferência (Sala RNP 0220) em todos os campi da UNIPAMPA, no dia 17 de OUTUBRO de 2018 às 17:30 horas, com a seguinte pauta: 

1. Informes.
 2. Avaliação da conjuntura nacional, universidade pública e democracia.
 3. Encaminhamentos  

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Diretoria da SESUNIPAMPA


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

NOTA DE PESAR

NOTA DE PESAR

A Diretoria da Sesunipampa comunica com pesar o falecimento de nossa querida colega Mara Regina Rodrigues Ribeiro, docente do campus São Borja. A professora Mara compunha a gestão atual da Sesunipampa, bem como a gestão passada. Destacamos que, mesmo lutando contra grave doença já há algum tempo, ela nunca deixou de atuar na contínua construção da mobilização da categoria, especialmente no campus São Borja. Prestamos nossos sentimentos a familiares, amigos e colegas, neste momento tão difícil.

MARA PRESENTE!

Diretoria da SESUNIPAMPA