Nós, do ANDES-SN, da FASUBRA, do SINASEFE, da UNE, da FENET e da ANPG, vimos a público denunciar os ataques orquestrados contra a Universidade Pública Brasileira, através de inúmeras ações arbitrárias da Justiça Eleitoral, que em alguns casos esteve acompanhado pela Polícia Militar ou Federal. Desde o fim do segundo turno das eleições gerais no Brasil, a violência, o ódio e as ações de perseguição contra LGBTTI, mulheres, jovens, negros/as tem se intensificado, assim como os ataques à liberdade de expressão nas Universidades Públicas. Foram inúmeros os casos de agressões e violências, como agressões físicas, verbais e através de ameaças explícitas marcadas em paredes das Universidades Públicas. Além de um conjunto de Fake News que visam desmoralizar as instituições públicas e o funcionalismo público. As entidades que assinam essa carta aberta reafirmam seu compromisso intransigente com as liberdades democráticas, em defesa das instituições públicas de ensino superior e da organização autônoma dos/as trabalhadores/as dessas instituições. Nossas instituições, ao longo de todo o seu histórico, defenderam as bandeiras da democracia, das liberdades, da defesa dos direitos dos grupos marginalizados, da liberdade de expressão e da autonomia das instituições públicas de ensino. Sempre nos colocamos contra o autoritarismo, a ditadura e o fascismo. Nesse momento histórico do Brasil, em que o país está polarizado entre projetos políticos distintos, reafirmamos nossas posições históricas. Por isso mesmo, estamos sendo perseguidos. Sabemos o que querem aqueles que nos atacam. Buscam desmoralizar a educação pública, como já vem fazendo desde 2016, ao perseguirem universidades, reitores/as, professores/as, técnico-administrativos e estudantes. Não vão nos calar! Não vamos recuar! Continuaremos nas ruas em defesa das políticas públicas, das universidades e das liberdades democráticas! Se a Justiça Eleitoral, como expressa a decisão tomada no Rio de Janeiro, considera que faixas com a expressão "antifascistas" atacam ao candidato Jair Bolsonaro é porque a justiça eleitoral reconhece o caráter fascista das ações e propostas de tal candidato. Neste caso não deveria a justiça tomar medidas contra o fascismo? Por que em um Estado Democrático de Direito, como estabelece a Constituição Federal de 1988, perseguir os que se colocam contra o fascismo? Por que panfletos, debates e palestras que discutem a democracia, as eleições e o que é o fascismo estão sendo considerados como propaganda eleitoral pela Justiça Eleitoral em todo o Brasil? Reconhecemos o caráter classista e seletivo da justiça brasileira e nos indigna a posição em defesa do fascismo. Nas ruas e nas lutas nossas entidades foram construídas e aí continuaremos. Nossas lutas não se encerram no dia 28 de outubro com o segundo turno. Ao contrário, após derrotar nas urnas o projeto contrário à educação pública e às liberdades democráticas vai permanecer o desafio de defender nas ruas a Universidade Pública e a democracia.
Se fere nossa existência, seremos resistência!
Não ao Fascismo!
Em Defesa das Universidades Públicas!
Em Defesa das Liberdades Democráticas!
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