Confira a nota da diretoria do ANDES-SN de repúdio ao veto presidencial a regulamentação da profissão de historiador(a).
quinta-feira, 30 de abril de 2020
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Diretoria do Andes-SN emite nota em defesa do direito ao auxílio emergencial à(o)s trabalhadore(a)s pauperizado(a)s do Brasil.
Confira nota da Diretoria do ANDES-SN em defesa do direito ao auxílio emergencial à(o)s trabalhadore(a)s pauperizado(a)s do Brasil.
Andes-SN repudia declarações do Ministro da Economia sobre os servidore(a)s público(a)s.
Confira a nota da diretoria do ANDES-SN de repúdio às declarações do Ministro da Economia referentes à(o)s servidore(a)s público(a)s.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
A Unipampa em meio à política genocida de Bolsonaro e a orientação do MEC de retorno ás aulas.
A Sesunipampa conversou com a comunidade
acadêmica sobre o retorno às aulas em meio à pandemia. Proposta por Jair
Bolsonaro e Abraham Weintraub coloca em risco a vida de docentes, discentes e
TAE’s.
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) suspendeu suas aulas por
tempo indeterminado, tendo em vista as variações e instabilidade advindas da
pandemia da COVID-19 e também pelo risco a saúde da comunidade acadêmica. A
UNIPAMPA pretende seguir as normativas (decretos) do governo estadual, como
estas foram revalidadas até o dia 16/05, essa é a data referência (a reitoria
já prorrogou a normativa interna sobre isso). Se for confirmada, o calendário
seria provavelmente retomada em torno de 01 de junho (segunda-feira).
Atualmente, desde o dia 16 de março as atividades presenciais foram canceladas,
com exceção das essenciais.
O governo federal além de se mostrar negligente com a população
brasileira com ações irresponsáveis envolvendo o Ministério da Saúde e das
declarações de Jair Bolsonaro fazendo pouco caso do novo coronavírus, segue
também atacando as universidades federais. Através do MEC (Ministério da
Educação), tem sugerido às universidades a adesão ao modo EAD durante a
pandemia, e agora, exige que as universidades retornem ás aulas.
VOLTA ÁS AULAS E O RISCO A COMUNIDADE ACADÊMICA
Tendo registrado até o dia de hoje (27) mais de
4.000 mortes em todo país pela COVID-19, o Brasil se encontra em um cenário
grave. Mesmo com o sistema de saúde já entrando em colapso em alguns estados,
os números com avanços alarmantes e pouca perspectiva de enfrentamento a
pandemia, o governo de Bolsonaro ainda sugere que as universidades retornem às
aulas presenciais.
Sendo considerada um dos espaços
mais propícios à contaminação, tendo em vista que as salas de aulas possuem
geralmente como característica um grande número de alunos em um espaço compacto
e de pouca ventilação. A política genocida de Bolsonaro vai além do descaso e
da negligência com a saúde, contra o isolamento social, utiliza de estratégias
para que a população retorne ao cotidiano enquanto reforça seu discurso de a
pandemia não causa tanto impacto como propaga a grande mídia. Inclinado a defender os interesses dos
banqueiros e empresários, participa de manifestações que pedem o fim do
isolamento e o retorno da abertura total do comércio e fronteiras.
A UNIPAMPA E O POSSÍVEL CENÁRIO DE VOLTA ÁS
AULAS
A comunidade acadêmica da Unipampa
conversou com a Sesunipampa sobre o pensamento de volta às aulas, como proceder
e quais alternativas estão sendo encontradas durante a quarentena.
A
discente do curso de História da Unipampa de Jaguarão, Andriele Silveira,
relatou que felizmente conseguiu ir para a casa dos pais e nesse sentido se
encontra em situação confortável, mas segue atenta e combativa nas questões
estudantis, tendo em vista que para muitos outros estudantes a situação não
está nada fácil:
“Infelizmente a
situação é caótica, os estudantes que ficaram nas cidades dos campus da
Unipampa tem enfrentado o descaso da reitoria à um direito básico que é a
alimentação e consequentemente, saúde física e mental. No dia 18 de março, a
reitoria da Universidade Federal do Pampa encerrou as atividades tidas como
“não essenciais” por conta da pandemia do coronavírus, porém não colocou a
alimentação como uma questão essencial, encerrou as atividades do Restaurante
Universitário sem dar nenhuma alternativa de alimentação para diversos
estudantes que dependem unicamente do RU pra fazer suas refeições. O que foi
disponibilizado até o momento foi uma bolsa de R$80,00 por mês para comer na
semana, somado aos R$80,00 que já recebíamos pelo final de semana que o RU não
abre, o que dá um valor de R$5,33 por dia para fazer as refeições. Diversas
Universidades tem tomado medidas alternativas, como disponibilização de
marmitas, cestas básicas e kits de alimentação, o que infelizmente passa longe
da realidade que vivemos na Unipampa. Além das dificuldades de estar longe da
família, sem apoio psicológico, os estudantes ainda se deparam com a angústia
de muitas vezes não ter o que comer. Recebi relatos de estudantes da Moradia Estudantil
João de Barro do campus Santana do Livramento, que sofrem com a falta de
orientações de medidas de prevenção, produtos de higiene e material de proteção”
“Não é hora de
deixarmos que o medo nos paralise. Sei que é difícil pra todo mundo, a situação
é angustiante, mas devemos pensar principalmente nos mais atingidos: os de
baixo, as periferias. Apesar da internet ser um espaço muitas vezes de
propagação de fake news, também disponibiliza ferramentas importantes. Temos
que nos utilizar dela tanto pra continuarmos organizados em nossos locais de
atuação, somando mais gente na luta, quanto pra dar visibilidade para campanhas
de solidariedade que estão rolando. Se não estão, é preciso criar essas ações!
Não podemos esperar ações de um governo que não quer dialogar, enquanto a fome
bate na porta. Em Jaguarão, onde eu estudo, o que tem salvado os estudantes é
uma campanha de arrecadação de alimentos e higiene, muitas pessoas da
comunidade tem se sensibilizado e ajudado, além de nos dar a possibilidade de
aproximação com a comunidade que por vezes parece distante. É um momento em que
temos tido a oportunidade de aproximar a universidade do povo, com pesquisas
sendo voltadas pro combate ao coronavírus, fabricação de testes, fabricação de
álcool gel e materiais de proteção”
A discussão também
foi feita pelos docentes da Unipampa. Para o professor Evandro Guindani, do
campus São Borja, é preciso romper com a ideia de trabalho operário como
trabalho dominante, tendo em vista que devemos considerar o trabalho
intelectual. No meio docente, o computador e a internet pode ser um fator que
transforme o lar, em local de trabalho 24 horas por dia.
“Penso que há em nossa sociedade uma concepção sobre o
trabalho ainda ligada ao século XIX, onde o operário precisava ir à fábrica
para trabalhar. Sua máquina estava lá então não poderia trabalhar em casa. Essa
realidade perpassa o imaginário social atual. Ficar em casa significa não trabalhar,
dentro desse imaginário. Então precisamos romper com essa visão atrasada e
saber que estar no local de trabalho nem sempre significa estar produzindo,
trabalhando ou desenvolvendo alguma atividade. É muito comum você se deparar
com pessoas que sentem a necessidade de estar no local, na empresa, na
instituição, para que outros vejam que ela está "trabalhando". Por
outro lado alguém que pode estar em casa pode estar produzindo, trabalhando
muito mais. No nosso caso, o computador com acesso à internet é nossa grande
ferramenta de trabalho. E temos acesso a ele 24h por dia, o que significa que
estamos disponíveis para o trabalho todo esse tempo. Diante disso, neste
período de isolamento social procuro desenvolver todas as atividades possíveis
tais como preparação de aulas, coleta e análise de dados de pesquisa, troca de
e-mail com alunos, produção de pareceres de artigos para revistas, leitura e
aprofundamento de material bibliográfico para as aulas, produção de artigos
juntamente com os alunos, participação em reuniões, palestras e eventos
virtuais, seleção de novos filmes e documentários para as aulas. Percebo,
portanto, que estou desenvolvendo muitas atividades e preciso tomar cuidado
para preservar tempo para demais atividades que compõe nossa vida. Estamos num
momento crítico e único na nossa história e isso gera ansiedade também, então
estamos nos adaptando a uma nova realidade. Não estamos em casa numa condição
normal.”
Como forma de enfrentamento a pandemia, o professor afirma que o
posicionamento é importe:
“Penso que devemos ter claro que nosso papel de docente é
se posicionar a favor da ética, de uma sociedade justa e democrática. Deve ser
contrário aos ataques à democracia, à concentração de renda e a retirada de
direitos dos trabalhadores.”
No que se refere a volta às aulas, a Sesunipampa defende que o
calendário siga às orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e siga
respeitando o isolamento social. Para o técnico administrativo Eduardo Chagas, Coordenador
geral do SindiPampa, pensar a volta as aulas deve ficar para o segundo semestre
do ano, e mesmo assim, ainda seria difícil prever uma data com exatidão.
“O “governo” não tem pressionado apenas pela volta às
aulas, mas sim, pressionado para que todos e todas voltemos à normalidade, como
se uma pandemia que, em maior ou menos escala, atingiu praticamente todos os
países do mundo, houvesse sido um mal entendido, uma chuva de verão, ou, nas
palavras do presidente, “uma gripezinha”. Mais de 3000 brasileiros e
brasileiras já perderam a vida, há mais de 40.000 casos e uma evidente
subnotificação da doença, o que nos faz pensar que o cenário é pior do que o
esse apontado pelos números, e ele já é assustador. Acreditamos que, neste
momento, a principal demanda é exigir que o governo atenda aos milhares de
trabalhadores e trabalhadoras do país que estão sem renda. O isolamento social
passou a ser implementado em março, nós estamos próximos de maio e o governo
sequer liberou na integralidade a primeira parcelo de um auxílio que só chegou
a 600 reais por pressão do Congresso e da sociedade, pois a ideia do governo
Bolsonaro era pagar 200,00, sim, 200 reais. Acreditamos que talvez seja
possível retomar as atividades no segundo semestre, mas mesmo isso é difícil
prever, já que o isolamento social, que evitou uma tragédia maior até aqui, tem
sido abandonado por vários governos estaduais e municipais, que estão
pressionados pela inércia do governo federal em atender aos trabalhadores,
formais ou informais, ou mesmo disponibilizar, de fato, linhas de crédito às
micro e pequenas empresas. Para esses segmentos o dinheiro vem à conta-gotas e
com manifesta má vontade, mas para o sistema financeiro, no dia 23 de março, o
Banco Central liberou 1,2 trilhões de reais. É um verdadeiro absurdo”
Além
das observações quanto as politicas do governo de enfrentamento a pandemia, o
coordenador do SindiPampa também atentou para as diversas campanhas solidárias
que estão auxiliando de alguma forma as demandas mais emergentes da população.
“Há várias iniciativas solidárias acontecendo em todas as
cidades e é extremamente importante contribuir no que for possível. Se a
pandemia voltou a tornar visível o abismo social do país, onde a mídia tenta
esconder a informalidade sob o discurso do “empreendedorismo”, ela também
mostrou a força da sociedade civil organizada. Até mesmo porque o governo
federal faz chantagem com a fome das pessoas, ao demorar em liberar o auxílio e
com isso tenta empurrar as pessoas de volta às ruas, ao trabalho e ao risco de
contaminação. Neste momento, o principal é ficar em casa. Cuidar de si é, sim,
cuidar dos outros. Filtrar as informações, consultar mais de um site ou
telejornal para se informar, fugir das informações que chegam pelos grupos de
whatsapp, desligar um pouco da tv e, principalmente, entender que é, sim,
responsabilidade do governo federal atender aos trabalhadores e trabalhadoras
neste momento. Não é o isolamento que vai causar desemprego, é a doença, a
possibilidade de milhares perderem a vida. O governo precisa atender as
pessoas, cuidar das pessoas, liberar recursos para que as empresas possam pagar
sua folha salarial e complementar o salário de quem perdeu parte do salário. O
Brasil é uma das maiores economias do mundo, nós não estamos falando de um país
que não tenha recursos, mas, sim, não tem vontade em ajudar quem mais precisa.”
SOLIDARIEDADE COMO FERRAMENTA DE LUTA
Se Bolsonaro faz
pouco caso da vida humana e põem em vigor sua política genocida, precisamos de
alternativas para enfrentar a pandemia. Com toda a problemática do auxílio
emergencial que não contemplou toda a população necessitada e mesmo às
beneficiadas encontram diversos empecilhos causados por falhas sistemáticas, e
também pensando em demandas emergente como apresentada anteriormente por
discentes, a Sesunipampa estará lançando nesta terça-feira 28 de abril, uma
campanha de arrecadação de valores que serão revertidos em materiais de higiene
pessoal e limpeza, como álcool gel, álcool, água sanitária e sabão. Anteriormente foram feitas doações em
dinheiro para alguns campus da Unipampa, visando mediar a alimentação de alguns
discentes.
Porém,
ainda é preciso muito mais. Ajude você também, e vamos juntos, com
solidariedade, enfrentar as demandas da pandemia da COVID-19.
sábado, 25 de abril de 2020
Por vídeo conferência, SESUNIPAMPA participa de reunião conjunta dos setores do Andes-SN.
A
reunião teve como pauta principal repasses da situação de cada seção sindical,
IFES e IMES e também a aprovação de propostas de ação em meio a pandemia da
COVID-19.
O
CORONAVíRUS NÃO PARA A LUTA
Em tempos de pandemia e não
so respeitando mas defendendo a necessidade do isolamento social para combater
um vírus que tem atacado diretamente a população trabalhadora, os
desempregados(as), os pobres e excluídos socialmente, o ANDES-SN realiza sua
reunião mensal conjunta dos setores das IFES e IEES/IMES. No
dia 17 de abril (sexta-feira) ocorreu mais uma reunião conjunta dos setores com
o objetivo de fazer um levantamento de funcionamento das seções, bem como
projetar ações e atividades de enfrentamento ao atual governo, tendo em vista
os diversos ataques a toda classe trabalhadora, a educação pública e a saúde,
em tempos de pandemia.
A reunião se torna
necessária, para que juntxs o movimento sindical docente em todo o Brasil
reflita e trace ações sobre o cenário em que vivenciamos, construindo todas as
ações de solidariedade necessárias, pois todas as vidas importam e traçando as
estratégias para continuidade de nossa luta.
Neste sentido a reunião teve
a seguinte pauta: 1) Informes; 2) Conjuntura; 3) Possíveis ações com a
categoria durante a pandemia; 4) Ações de solidariedade com outros segmentos da
classe trabalhadora.
A SESUNIPAMPA participou da
reunião representada pelo seu presidente, o profº Cesar Beras que avalia: “vivemos um momento impar na história do
Brasil. De um lado uma pandemia que recém está chegando em seu primeiro pico e
coloca em risco toda a sociedade e de outro lado um governo ultraliberal que
retira recursos da saúde, ataca a categoria docente retirando benefícios, ameaçando
com corte e redução de salários e que de forma irresponsável através de seu
presidente opõe mercado e vidas humanas e conclama as pessoas para a rua. Neste
contexto é fundamental que nos reunamos em nível nacional e afirmemos o
isolamento social, a solidariedade a todxs e a afirmação do caráter público do
Estado Brasileiro.”
A
reunião que ocorreu de maneira virtual ocorreu no período da manhã e da tarde,
e após os repasses e informes das seções, algumas propostas foram aprovadas,
como por exemplo:
·
Enfatizar a posição do ANDES SN na defesa do
isolamento social e na defesa da vida;
·
Divulgar todas as ações realizadas pelas IES
reafirmando a educação pública, a ciência e a tecnologia públicas;
·
Reafirmar a importância do papel dos serviços
e servidores públicos, para auxiliar a comunidade neste momento de quarentena;
·
Reforço do SUS e das ações na atenção básica
à saúde, ampliação das manifestações em defesa da vida, e contra a retirada de
direitos do(a)s trabalhadore(a)s e defesa do SUAS; 6. Manutenção da perspectiva da greve geral;
·
.Que as SSind construam ações na defesa dos
direitos e na preservação dos salários do(a)s professore(a)s substituto(a)s e
visitantes durante a pandemia;
·
Ampliar o apoio para o(a)s estudantes que
estão em situação de vulnerabilidade frente à pandemia, cobrando dos poderes
públicos estaduais e municipais e nas IES a manutenção e ampliação das
políticas de assistência estudantil;
Confira na integra as
26 propostas na integra: file:///C:/Users/TEMP/Downloads/Circ131-20_1.pdf
sexta-feira, 24 de abril de 2020
AMPLIANDO DIREITOS PARA A FAMÍLIA: SESUNIPAMPA ajuíza ação coletiva para estender licenças gestante e paternidade
A
Sesunipampa, Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Pampa,
vinculada ao ANDES - Sindicato Nacional, propôs, por meio dos escritórios
Paese, Ferreira e Advogados Associados e Rosa, Cunha, Schneider e Monteiro
Advocacia, ação judicial em face da Unipampa buscando a extensão das licenças
gestante e paternidade, tendo como fundamento central uma interpretação
sistemática dos princípios constitucionais de proteção à maternidade, à
infância, à gestante, à saúde da criança e à família, além dos princípios da
dignidade da pessoa humana, da isononomia, da proporcionalidade e da
razoabilidade.
Na
demanda, pleiteia-se que o período de licença-maternidade comece a contar da
data do nascimento da criança, computando-se como de efetivo exercício eventual
afastamento prévio a tal data por recomendação médica. Ademais, foi requerido,
quanto aos casos de nascimento seguido por internação hospitalar, seja
considerado o dia da alta hospitalar da mãe ou do bebê (o que ocorrer por
último) como termo inicial do prazo das licenças-maternidade e paternidade,
computando-se como de efetivo exercício o afastamento prévio a tal data. Por
fim, o pedido também é no sentido de que seja concedida licença-paternidade
pelo mesmo prazo da licença-maternidade, em casos de nascimento de gêmeos ou
múltiplos. Foi pleiteada a concessão de medida liminar, em caráter de urgência.
PRIORIZANDO A
LICENÇA-MATERNIDADE COMO UM DIREITO
A
medida proposta enaltece a licença-maternidade como um direito que compreende o
binômio materno-infantil, uma proteção estatal elencada como um direito da mãe
e do bebê, visando a proteção e o fortalecimento dos laços familiares,
inclusive propiciando o aleitamento. Ponderou-se também o estabelecimento da
licença-paternidade com o escopo de garantir a convivência familiar nos
primeiros dias de vida do bebê. A presença e a participação paterna é, também,
essencial para o desenvolvimento da relação de convivência, garantindo um
período exclusivo de contato do genitor, da genitora e do infante.
RECONHECENDO E
PROTEGENDO A DUPLA JORNADA DE TRABALHO
Amparadas
na Constituição da República, as medidas pleiteadas também têm o propósito de
neutralizar o alto custo pessoal com que as mulheres arcam na tentativa de
conciliar o exercício profissional com o cuidado da prole. A ação tramita na
Justiça Federal, em Bagé, e aguarda a apreciação do pedido de concessão de
tutela de urgência. Diante dos próximos desdobramentos, a categoria será
devidamente informada.
Andes-SN emite nota de repúdio às privatizações de empresas estatais e universidades no RJ, através do PL 2.419/20
Confira a nota da Diretoria do ANDES-SN de repúdio ao PL nº 2.419/2020, que privatiza empresas estatais e universidades no Rio de Janeiro.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
NENHUM DIREITO A MENOS: SESUNIPAMPA ajuíza ação contra corte ilegal de adicionais ocupacionais e verbas remuneratórias
No dia 25 de março de 2020 o Ministério da
Economia publicou, através da sua Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal,
a Instrução Normativa nº 28. Referida norma estabeleceu orientações aos
órgãos federais – aí incluídas as Instituições Federais de Ensino – a respeito
do pagamento de adicionais ocupacionais (insalubridade, periculosidade, etc.),
auxílio-transporte, adicional noturno, dentre outros.
Dentre os diversos pontos da instrução,
destaca-se a vedação ao pagamento do auxílio-transporte e dos adicionais
ocupacionais aos servidores que estão exercendo suas atividades remotamente.
Trata-se, aqui, de determinação ilegal de corte das referidas rubricas na
remuneração dos servidores que estão sendo obrigados, diante da excepcional
situação de calamidade na saúde pública, a trabalhar remotamente.
Apesar da flagrante ilegalidade dos cortes
remuneratórios, algumas Universidades Federais, como a UNIPAMPA, deixaram de
pagar, já no mês de abril, os adicionais e auxílios a que seus servidores fazem
jus. Chegaram ao Sindicato relatos de cortes dos adicionais e
auxílio-transporte nas prévias dos contracheques de Abril. Em alguns casos os
contracheques vieram inclusive com o desconto de valores já recebidos no mês de
Março.
NÃO VAMOS PERMITIR QUE REPASSEM A RESPONSABILIDADE PARA OS
SERVIDORES!!!!
A decisão pelo corte das rubricas desconsidera
que o isolamento e a determinação de exercício das atribuições em modalidade
diferente da presencial não foi de responsabilidade dos servidores, sendo, na
realidade, resultado de uma estratégia de combate à transmissibilidade do novo
coronavírus, que exige um esforço social conjunto como forma de controle do
contágio e, naturalmente, da situação geral de saúde pública no país.
Na realidade, a legislação federal em vigor veda
a retirada dos adicionais em questão, uma vez que a lei determina que “faltas
justificadas decorrentes de caso fortuito ou força maior (justamente o que
ocorre a partir da determinação de trabalho remoto em função do combate ao
COVID-19) devem ser consideradas como efetivo exercício”, daí decorrendo
a obrigação de continuidade de pagamento de todas as rubricas remuneratórias e indenizatórias
usualmente recebidas pelos servidores.
A Instrução Normativa nº 28 não pode revogar as
leis que resguardam os direitos remuneratórios dos servidores públicos, sendo
que a situação que autoriza o pagamento dos adicionais (e auxílios) continua
existente. É preciso considerar, ainda, que os adicionais em questão respondem
por percentual relevante da renda dos servidores, que com eles contam para
satisfazer as suas obrigações regulares e, especialmente num momento de
isolamento, para fazer frente aos seus gastos com saúde e aos acréscimos
financeiros advindos do próprio isolamento.
NA DEFESA DE NOSSOS
DIREITOS: AJUIZAMENTO DE AÇÃO COLETIVA
Diante da ilegalidade da normatização e da
implementação dos cortes pela UNIPAMPA, a SESUNIPAMPA ajuizou ação coletiva
através dos escritórios que prestam sua assessoria jurídica (RCSM Advocacia e
Paese, Ferreira & Advogados), buscando evitar o corte dos valores devidos
aos servidores.
Na ação coletiva o Sindicato pede, inclusive
através de concessão de liminar, que a Justiça proíba a Universidade de fazer o
corte das rubricas, mantendo o pagamento dos adicionais ocupacionais, do
adicional noturno e do auxílio-transporte até o julgamento definitivo da demanda.
O pedido liminar ainda não foi analisado pela Justiça. Assim que proferida uma
decisão no processo, a SESUNIPAMPA comunicará os servidores.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
A comunidade acadêmica da Unipampa e os impactos do COVID-19.
A Sesunipampa conversou com professores e alunos de alguns campus da
Unipampa, e buscou saber sobre o dia-a-dia e as dificuldades que a comunidade
acadêmica tem enfrentado durante a pandemia do COVID-19.
A Universidade
Federal do Pampa (Unipampa) suspendeu as aulas, primeiramente, até o dia 28 de
março. Porém, devido o aumento de casos confirmados do COVID-19 (Coronavírus) e
a facilidade de transmissão e contagio, a suspensão passou a ser por tempo
indeterminado.
Serviços administrativos foram
reduzidos e outros suspensos, como as aulas e o restaurante universitário. Isso
não impediu que os servidores públicos fossem atacados pelo governo federal,
que enfrentou pedidos de redução salarial, suspensão dos aumentos salariais
referentes à progressão, e também a tentativa de implantação das aulas pela
modalidade EAD.
PRECARIZAÇÃO DO ENSINO, DA APRENDIZAGEM E DA
PROFISSÃO DOCENTE.
Em meio à pandemia, o MEC
(Ministério da Educação) sugere que as aulas fossem através da modalidade EAD,
a qual a Unipampa se posicionou de maneira contraria. Para a Sesunipampa, a
modalidade EAD precariza o processo de ensino-aprendizado, bem como a própria
profissão docente, tendo em vista que as aulas presenciais são fundamentais
para que realmente exista educação de qualidade.
Alguns relatos, como o do atual
tesoureiro da Sesunipampa, o Prof. Rafael Campus, da Unipampa de Jaguarão, já
apresentam questões da precarização da profissão docente durante a pandemia, já
que com a quarentena, é mais propicio que se perca a noção do tempo que se
destina ao trabalho.
“A principal dificuldade, que é em verdade uma condição quase
que permanente do trabalho docente, está no fato de que é muito difícil separar
o ambiente e o horário de trabalho do período de lazer. O trabalho acaba sendo
intermitente. Definitivamente não dá para se sentir de férias”
Outras dificuldades, como permanecer em
isolamento social e distante fisicamente de pessoas queridas também foram
mencionadas pelos discentes da Unipampa, mas para o Prof. Renatho da Costa, do
Campus de Santana do Livramento, tais dificuldades são remediáveis e
recuperadas posteriormente.
“Creio que a maior dificuldade seja a interação social de
fato, apesar de realizamos virtualmente. Trabalho com projetos de extensão,
tenho muito contato com pessoas e isso é fundamental para mim. Acho que
profissionalmente, os possíveis prejuízos que possamos ter, são recuperáveis,
então, nesse momento, vou fazendo o que é possível”
Mesmo com tais afirmações, ambos os
professores afirmam concordar com as recomendações da OMS e não veem motivo
para o descumprimento delas. Para o prof. Renatho, o isolamento social é
fundamental para a contenção da pandemia:
“Não vejo razão para questionar a determinação de ficar em
casa. Especialistas em epidemiologia têm apontado a importância dessa prática,
então, me parece que nesse caso tenho mesmo é que acatar. Por tudo que li e
busquei me informar, me parece que essa é a maneira mais efetiva de controlar a
pandemia, então, que acatemos”
O prof. Rafael também atenta para a
pouca mudança de realidade acadêmica no que se refere ao fato de estar em casa,
tendo em vista que a rotina docente envolve, também, o trabalho fora do
ambiente da universidade. A preparação das aulas, checagem de e-mails e as
sucessivas horas de trabalho continuam com pouca diferença:
“A rotina de trabalho tem sido a mesma, com a diferença de
que não estou em sala de aula. É algo relativamente comum ao trabalho docente a
leitura, preparação de conteúdos, acompanhamento de e-mails fora do ambiente físico
da Universidade”
A Sesunipampa segue seu
funcionamento interno, atenta às tramitações na câmara e senado no que envolve
a categoria e na defesa do SUS, da pesquisa, da tecnologia e das universidades.
A DIFICULDADE DOS ALUNOS SEM O RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO
Outra demanda emergente da comunidade acadêmica
diz respeito à alimentação dos discentes. Sem o restaurante universitário, os
alunos que permaneceram nas cidades universitárias da Unipampa estão com
dificuldades para fazer as refeições. Com a bolsa permanência sendo no valor de
R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais) e a especulação imobiliária em alta, a
quantia em dinheiro não supre a demanda alimentícia. Campanhas de arrecadação
de cestas básicas foram efetuadas, com colaboração da Sesunipampa, para
remediar temporariamente a situação.
Em São Borja, os estudantes
receberam do restaurante “Bela Burguer” marmitas para o almoço, de segunda à
sábado, através de doações da população do município e do proprietário do
estabelecimento, assim como colaboradores para o feitio das refeições.
A distância e saudade de casa e dos
familiares também é uma problemática frequente entre os estudantes. A Tamires
Leal, estudante do campus São Borja, contou quais foram suas dificuldades
durante a pandemia:
Tenho tido dificuldade em lidar com a mudança de rotina,
tenho me sentido muito ansiosa pela insegurança e instabilidade que o momento
causa, ainda mais por não ter renda fixa e estar longe de casa.
Considerando o momento, questões
como o que fazer durante a quarentena também surgem, para que seja possível se
manter saudável físico e mentalmente. Para a discente, cuidar de si também faz
parte das tarefas da quarentena.
Tenho tentado me manter informada e construir uma nova rotina
da qual eu possa me cuidar e cuidar daquilo que esta ao meu alcance, no
caso exercícios físicos, leituras, cuidados com a casa e alimentação. É
importante lembrar que não é um momento de se sentir culpado por não ser
produtivo, é uma ocasião atípica que demanda paciência
.
PODEMOS NÃO ESTAR JUNTOS, MAS ESTAMOS UNIDOS EM
DEFESA DO SUS, DA UNIVERSIDADE PÚBLICA E DO EMPREGO!
O Andes-SN e a CSP-Conlutas apresentam
alternativas políticas possíveis de combater o coronavírus, mas para isso, é
necessário que o governo federal decida governar para o seu povo, e não em
beneficio dos bancos e dos empresários. Atitudes radicais e efetivas são
fundamentais no processo de enfrentamento a pandemia, como por exemplo:
1)
Taxação das
grandes fortunas.
2)
Suspensão do
pagamento dos juros da dívida pública.
3)
Desobrigando o
pagamento de água, luz, IPTU.
4)
Realizando a
manutenção dos empregos e salários e proibindo demissões e redução de salários.
5)
Realizando a
auditoria da dívida pública brasileira, interna e externa, federal, municipal e
estadual.
6)
Revogando
imediatamente a EC 95 e investindo em saúde, ciência, tecnologia e educação.
k É importante que mesmo sem poder sair de casa devido a necessidade do
isolamento social, a indignação coletiva chegue aos representantes, e nesse
sentido, se manter informado através de meios de comunicação combativos, participar
de ações como os “barulhaços” e utilizar as redes sociais de maneira política e
critica são formas de lutar e enfrentar a pandemia e também o governo genocida
de Jair Bolsonaro, que contraria as orientações da OMS colocando em risco a
população brasileira.
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Terceira nota da auditoria da dívida pública de 2020 é publicada, confira.
NOTA TÉCNICA ACD 3/2020
Substitutivo do Senado
à “PEC do Orçamento de Guerra” mantém escandalosa transformação de papéis podres dos bancos em Dívida Pública
Estamos diante da mais escandalosa transformação de derivativos, créditos incobráveis e outros papéis podres existentes nas carteiras dos bancos em Dívida Pública.
Os bancos ficarão livres de sua papelada podre e ainda receberão títulos da dívida pública e seus elevados juros!
O Banco Central ficará com a papelada podre dos bancos em seu balanço, gerando prejuízo de trilhões que, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, é transferido ao Tesouro Nacional, ou seja, para as costas do povo brasileiro.
O Senado não pode permitir que essa trapaça passe a fazer parte da Constituição Federal!
Maria Lucia Fattorelli
A conclusão da Coordenação Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida concluiu que:
a) repudia principalmente o Art. 7º da PEC 10/2020 e recomenda aos Senadores(as) a rejeição do referidos dispositivo, que na prática aprofunda os abusivos privilégios dos bancos e do setor financeiro em geral, às custas de prejuízos de trilhões aos cofres públicos e crescimento exponencial da Dívida Pública de forma completamente ilegítima, por decorrer de mera absorção imotivada e injustificada de papéis podres da carteira de lucrativos bancos;
Confira a nota técnica completa:
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